quarta-feira, 17 de novembro de 2010

fazenda nelore

gado nelore






A raça de gado Nelore do Brasil corresponde, na índia Oriental, à raça Ongole. Atualmente, o rebanho Nelore ocupa o primeiro lugar na totalidade do rebanho brasileiro. Devido à sua rusticidade e elevado ganho de peso, tem sido o preferido por muitos criadores. Quando o rebanho zebuíno estava sendo formado no Brasil, o Nelore foi deixado de lado, devido à preferência dada às raças de cor e orelhas grandes. Nos dias de hoje, participa do melhoramento, tanto na formação de um grande número de rebanhos puros, quanto de mestiços com elevada performance na produção de carne.
Esta é uma raça de grande porte que possui as seguintes características raciais:
Pelagem: de cor branca ou cinza-clara, podendo apresentar, em algumas partes do corpo, diferentes tonalidades, como, a prateada e nuvem, manchas de coloração escura ao redor dos olhos, nos joelhos, nos boletos e nas quartelas. A vassoura da cauda é preta. A pele é bem pigmentada, e o pelo é curto, fino e sedoso.
Cabeça: A cabeça apresenta um perfil subconvexo, com largura e comprimento médios. A fronte possui uma leve depressão longitudinalmente, que recebe o nome de “goteira”, sendo mais acentuada nos machos. Possuem chanfro reto, curto no macho, e comprido e estreito nas fêmeas. Os chifres possuem forma cônica, são curtos, escuros, grossos na base e estreitos na ponta, dirigem-se para fora, para trás e para cima. São mais finos e longos nas fêmeas. Na variedade mocha (Nelore mocho) há ausência completa de chifres. Os olhos são pretos, elípticos, com órbitas salientes. As orelhas são curtas, móveis, em forma de concha e a face interna do pavilhão é voltada para frente. O espelho nasal é preto e largo, com narinas dilatadas.
Pescoço: o pescoço é grosso, musculoso nos machos e mais fino nas fêmeas, porém é curto. Possuem uma barbela bem desenvolvida, chegando até o umbigo.
Corpo: amplo e comprido. O tronco destes animais é cilíndrico, profundo e musculoso. Possuem costelas longas, bem arqueadas, compridas e bem revestidas de músculos. A linha dorso-lombar é horizontal, larga, reta, exibindo uma boa cobertura de músculos que se estende até a garupa. Esta, por sua vez, é horizontal, larga, comprida e com uma boa cobertura muscular. As ancas são cheias e largas. A giba (também conhecido como cupim) é firme e desenvolvido, sendo bem menor nas fêmeas em relação aos machos. O umbigo, o prepúcio e a bainha possuem um tamanho reduzido. A inserção da cauda é curta e fina, com vassoura preta. Os membros anteriores possuem extremidades curtas, separadas, aprumadas e finas. Já os membros posteriores são fortes, aprumados e, principalmente nas coxas e nádegas, são musculosos. Possuem cascos pretos ou escuros e lisos. A bolsa escrotal é uniforme, curta e bem conformada. Na fêmea, o úbere e as tetas são pequenos.

Gado Nelore (Foto: Embrapa)
Existem características do Nelore que são indesejáveis, como: chifre excessivamente longo no macho, cílios brancos; orelhas muito pesadas, com pontas curvas e faces internas voltadas para a cara; barbela reduzida no macho; peito estreito, giba tombada para um dos lados, pequena ou mal colocada nos machos; tórax deprimido; umbigo grande e penduloso; garupa excessivamente caída lateralmente ou para trás, ancas muito estreitas, cascos brancos, monorquidismo ou criptorquidismo, vulva atrofiada, cor preta, malhada de preto, vermelha, malhada de vermelho, amarela ou malhada de amarelo; despigmentação.
No Brasil, o Nelore é mais criado para a produção de carne. Adapta-se extremamente bem ao regime de pasto, resistindo aos ecto e endoparasitas. De todas as raças indianas, é a mais usada nos programas de inseminação artificial (IA) em gado de corte. Dos cruzamentos com outras raças, têm sido obtidos animais rústicos e de alta produtividade. A fertilidade desta raça é elevada e comprovada devido a sua extensão no país todo. Uma vaca adulta chega a pesar 600kg, enquanto um touro pode chegar facilmente aos 1200 kg. Atualmente, estão registrados na Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ) próximo a quatro milhões de nelores, sendo que do rebanho zebuíno do Brasil cerca de 80% são Nelore ou mestiços Nelore. Metade do rebanho bovino brasileiro se encontra na região Centro-Oeste do país.
O Nelore mocho possui as mesmas características da raça Nelore, com exceção do chifre e surgiu no Brasil nas décadas de 40 e 50. Houve um grande interesse por parte dos criadores, pois a ausência do chifre é uma característica desejável. Chifres podem oferecer perigos, seja pela agressão a outro animal do rebanho, seja em relação ao homem.

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